Salve, Salve !

Tem algumas coisas que são inevitáveis na vida de um profissional de comunicação e marketing: briefing, deadline, criatividade, dinamismo, noite, macarrão instantâneo e computador. Site, Orkut... e o Blog. Sim, o Blog! Há muito tempo que meus amigos e clientes me cobram esta "coisa" de postar o que eu acho do mundo. Pois é, resolvi fazer, agora aguentem! Seja bem-vindo: dê uma bica no ócio e participe dando seus pitacos. Super abraço!


quarta-feira, 15 de abril de 2009

INFLUÊNCIA

COMO PASSAR DE INFLUENCIADOS A INFLUENCIADORES ?
por: Marcelo Rebello

Escrever sobre marketing com foco no mercado evangélico é um tremendo desafio. Mesmo com toda a tecnologia disponível, ainda existem muitos tabus a serem quebrados. Alguns deles estão ligados a questões éticas e ao preconceito de se usar as técnicas de marketing no evangelismo pessoal e de massa.
Imaginemos, pois, se Jesus Cristo tivesse nascido no século XXI: como se comportaria? Ao que sabemos, "Jesus nada escreveu". Como explicar então a necessidade que muitos sentiram e sentem até hoje de escrever a seu respeito? Jesus nem mesmo saiu da Palestina durante o seu ministério terreno (exceto quando esteve na região de Tiro e Sidom), mas o seu nome é conhecido em toda a parte do mundo.
Para se ter uma idéia, antes do fim do século II d.C., já existiam mais de 20 grupos religiosos distintos que afirmavam ter alguma espécie de origem em Cristo. Em meados do século IV, contam-se mais de 80 desses grupos...
Se alguém quiser se arriscar a contar o número atual de grupos existentes, fique à vontade! Por aí, já dá pra perceber a magnitude de sua influência! Mas, como ser influente afinal?
Influência não é só usar smoking em dia de festa black-tie, ou estar com a cara estampada nas colunas sociais. Podemos afirmar que o resultado natural de uma pessoa influente é um misto de conflito e revolução.
As pessoas que entram em contato com a mesma, são modificadas por ela, ou por outro lado, têm que fazer-lhe agressiva oposição, a fim de se livrarem de sua possível influência.
Quanto mais elevada for, tanto mais intenso será o conflito, a modificação e a mudança nas vidas daqueles que entram em contato com ela.
Mesmo os mais céticos, que não reconhecem a divindade de Cristo, evidenciam o seu valor como pessoa e, na maioria dos casos, não conseguem se livrar totalmente de sua influência.
Existem ainda aqueles que passam sua vida toda tentando anular e desacreditar a sua influência e diminuir a sua importância, como os ateus e os agnósticos. Nestes casos as reações adversas e os conflitos são ativados mais intensamente. A oposição por si só já é um testemunho involuntário da influência de Cristo.
A maior evidência de sua grandeza é os crentes sentirem a necessidade de incorporar em si mesmos "algo" de sua vida. Mais de 20 séculos não foram suficientes para dirimir as modificações, alterações, transformações e conflitos que a presença de Jesus Cristo criou nesta terra. E este sem sombra de dúvida é o grande desafio da igreja do século XXI.
Até que ponto a influenciadora tem sido influenciada pela mídia secular? Num mundo interativo, globalizado e movido à informação, manter acesa a mensagem pura e simples do evangelho de Cristo não parece uma tarefa fácil, ainda mais com as técnicas e conceitos ultrapassados que a maioria das igrejas e ministérios insistem em chamar de "marketing"...
Na maioria das vezes, os esforços de comunicação que os líderes têm efetuado em seus eventos são as mesmices de sempre: uma faixa na frente da igreja, alguns panfletos "xerocados", e de vez em nunca um carro de som que mais parece uma caixa de abelhas.
É evidente que existem alguns pastores que já acordaram para o impacto que o investimento em mídia pode ter sobre sua forma de divulgar seus ministérios, bem como existem alguns que já estão absorvendo o conceito de agência de consultoria especializada em comunicação e marketing para o mercado cristão, mas ainda são casos raros.
Me lembro que certa vez fui convidado para tocar em um "culto ao ar-livre". Me deram um violãozinho com 5 cordas (não é modelo diferente não, é que estava sem a "mizinha" mesmo!), um microfone e uma "mikassim" – aquelas caixinhas de som de um metro quadrado... E o pior: tiveram a paxorra de pegar emprestado um caminhão de carroceria, daqueles de feirante, todo sujo, e me convenceram que era "tudo pela obra de Deus". Iria iniciar o show!
O "dirigente" começou a rosnar em um desafinado dó menor um hino sacro, que só ele mesmo entendia a letra, e ainda deu um olhar 43 para mim, como se estivesse abafando. A multidão de 15 pessoas que estava assistindo a esta tórrida cena, ainda tentava convencer a alguns transeuntes que "o céu era ali"!
Para piorar a situação, o tempo fechou e começou uma chuva (que para mim foi "de bênção"), e então a multidão – que agora já somava a incrível quantidade de 10 a 12 pessoas, se dispersou com quase nenhuma dificuldade.
O resultado: zero pessoas se decidiram pelo evangelho e ainda peguei uma gripe que me deixou de cama por dois dias. Realmente, é um dos traumas que me valeram boas doses de aconselhamento pastoral.
Sorte a nossa que a missão de convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo é do Consolador (João 16.8), senão...

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